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Entreportas, espreitadelas na minha terra

Entreportas, são impressões, imagens, descrições de uma cidade, de um território onde a ruralidade, os modos de viver das suas comunidades, diferenciadas a norte e sul do rio Tejo se ligam no centro de Portugal.

Entreportas, espreitadelas na minha terra

Entreportas, são impressões, imagens, descrições de uma cidade, de um território onde a ruralidade, os modos de viver das suas comunidades, diferenciadas a norte e sul do rio Tejo se ligam no centro de Portugal.

25
Nov20

A chuva regressou

historiasabeirario

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A chuva regressou, não veio só, com ela trouxe o frio. Assim está Abrantes, a pronunciar a estação mais fria do ano. Tinha saudade deste tempo, voltaram as chaminés a fumegar, libertam segredos bem guardados, e quando está vento parecem ralhar. Na rua o odor da lenha a arder nas lareiras chama os abrantinos para casa, para muitos são a única companhia nestes dias em que a noite não tem medo do dia. 

24
Nov20

Alcaide

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Do Alcaide,  com o apaziguamento do nevoeiro a vista alcança a Chainça e Alferrarede, extensões de Abrantes. Se estivermos mais atentos,  no alto a vila do Sardoal está logo ali defronte dos nossos olhos. Pormenores de quem frequenta o Bar, situado no sopé de uma muralha do castelo, daí a origem do nome, que se designavam os governadores das vilas e cidades de antigamente. Localizado numa face íngreme do outeiro onde está alicerçado, da sua esplanada consegue-se atingir um horizonte longínquo e desfrutar magníficas tardes e noites. 

23
Nov20

Abrantes tem esta impressão

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Abrantes tem esta impressão ao final da tarde nos jardins, as folhas das árvores com um semblante a pastel, imagens de uma pintura sem estarem nessa condição. Momento agradável para se caminhar serenamente nos largos e praças, observar o recolher dos abrantinos após um dia de trabalho a suas casas. Beber uma bebida reconfortante numa esplanada, dialogar com amigos, esgotar a energia dos filhos para a noite que se avizinha. Este definhar do dia não é triste, é uma esperança que o amanhã seja muito melhor.IMG_20201120_205834_287.jpg

 

13
Nov20

Tejo, um rio que conta histórias

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Tejo, um rio que conta histórias ainda antes da nacionalidade. Relatos de homens que invadiram, de homens que conquistaram que se fixaram, de homens que partiram e não voltaram. A sua epopeia também foi e é de tragédia, águas que submergiram terras, vidas que se perderam, famílias que se destruiram. Tanto acontecimento num rio, artéria principal da Península Ibérica, sustentáculo de um país. Em Abrantes, o seu porto fluvial foi dos mais importantes a seguir a Santarém na totalidade do seu percurso até Lisboa. Em meados do século XVI, 180 barcos ancoravam permanentemente no abrigo de Abrantes, este número de embarcações demonstra a importância do mesmo à época. Deste local as mercadorias expedidas consistiam na madeira, palha, coiros, ferro, vinho, azeite, mel e melão, quase todas elas tinham como destino Lisboa. De juzante subiam o rio barcos vindos da península de Setúbal e Almada transportando mercadorias à base de sal, peixe e panos, muitos destes não se destinavam só a Lisboa, mas também a outras localidades entre elas Abrantes. Filipe II de Espanha tirou um pouco de agressividade ao rio, com a realização de obras de engenharia no seu leito, de modo a que a navegação se efectuasse nestes locais em segurança. Em Abrantes a montante, na aldeia de Mouricas o canal de alfanzira foi uma dessas obras, ainda hoje se podem observar vestígios no rio. Anteriormente o rei D. Dinis já tinha ordenado trabalhos a fim de haver uma melhor navegabilidade.  Assim se manteve o bulício das águas do rio e das suas gentes a gerar economia nos séculos seguintes até ao aparecimento do caminho de ferro, que retirou influência ao rio nos transportes de mercadorias e pessoas. Mas foram os transportes terrestres de mercadorias que destruíram definitamente a continuação da navegabilidade comercial no rio Tejo, nunca mais foi o mesmo. Depois vieram as paredes de betão para amparar as águas revoltas no Inverno,  provocar electricidade para fomentar energéticamente as povoações. Desenvolveram um processo de negação do rio em relação ao homem que subsistia das suas águas. Para agravar a situação, indústrias poluentes não se cansam de deixar correr lentamente os excendentes das vísceras fabris, continuando a vulnerar as suas águas, a sacrificar ecossistemas. As histórias do rio e dos homens continua.  Abrantes no cimo do seu outeiro, sobranceiro ao rio, é rainha e espectadora.

 

 

08
Nov20

A alegria regressou à ribeira

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A alegria regressou à ribeira, as suas águas revoltas mostram isso a quem não desiste de permanecer no lugar do Arco. Algumas casas cujos alicerces se encaixaram no pequeno vale na margem direita da Ribeira da Pucariça continuam a resistir. O mesmo não aconteceu aos moinhos que se fixaram nas margens desta em tempos idos. A simplicidade das suas gentes, as hortas, as árvores, os animais que não se cansam de apascentar no pasto silvestre. Os trilhos determinam caminhadas que se desejam que nunca terminem, um conjunto de exemplos a não perder no território da freguesia de Rio de Moinhos em Abrantes.

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