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Esvaziada das suas denominações primitivas, rua do Concelho, citada num documento de 8 de Fevereiro de 1338 e noutro datado de 1374, de rua do Outeiro. As origens dos topónimos são coincidentes, por ser nesta rua que está edificada a Câmara Municipal (séc. XVII), e pela inclinação da mesma, em direção ao topo de uma colina. Séculos depois, em 1889, por força de vários baixos assinados, acumulados numa sessão de Câmara, em virtude da inauguração da estátua em memória de José Estêvão em Aveiro, pediram à Câmara para que a rua se passasse a designar-se por José Estêvão. Influente jornalista e político, oposicionista de esquerda na Câmara dos Deputados entre 1836 e 1862, ano da sua morte. Despejada de moradores, a rua permanece, ladeada por edificações a padecer com a passagem dos anos. Em 1707 estavam fintados (taxados) na rua 23 moradores, onde constavam 1 rendeiro de pesos miúdos, 1 sombreireiro, 7 sapateiros, 1 pintor, 1 alfaiate, 1 mareante e 1 espadeiro. Nos dias de hoje, os seus habitantes não chegam a tanto, só de passagem, de automóvel, a caminhar, se vê algum movimento. Não é pela ausência que perde a sua história, a sua beleza, olhando os prédios altaneiros de cores desmaidas, não vejo abandono, mas deslealdade de um tempo que não foi justo para quem viveu aqui.