Agora ...
Agora a chuva deixou a cidade, Agora o sol impõe-se, Agora o vento sopra com mais força, Agora regressam as nuvens. Agora a cidade é uma união de habitantes. Agora a cidade abriga pessoas de outros lugares. Agora a cidade não se cansa de espreitar o rio e o além-Tejo. Agora, é um frontispício de um livro de poder ilimitado. Agora, é uma fachada que se mantém na aparência, encobrindo um bairro, não é mais do que uma máquina calculadora. Agora, é mais do mesmo, premeditações ruinosas que o tempo trouxe ao longo dos anos ao âmago da cidade. Agora, é outro cenário, de um conjunto de filmes projectados anteriormente na sala abrantina. Agora está a chegar o dia, a possibilidade, de os abrantinos escolherem uma obra cinematográfica, independentemente do suporte em que é registada.