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Entreportas, espreitadelas na minha terra

Entreportas, são impressões, imagens, descrições de uma cidade, de um território onde a ruralidade, os modos de viver das suas comunidades, diferenciadas a norte e sul do rio Tejo se ligam no centro de Portugal.

Entreportas, espreitadelas na minha terra

Entreportas, são impressões, imagens, descrições de uma cidade, de um território onde a ruralidade, os modos de viver das suas comunidades, diferenciadas a norte e sul do rio Tejo se ligam no centro de Portugal.

15
Jan25

O inverno ...

historiasabeirario

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O inverno instala-se devagar, no Jardim do Castelo, há muito que as árvores se despiram para aceitaram o abraço frio do velho amigo. Amantes leais, preparam-se sempre com antecedência para o enlace gelado, deixando cair por terra todas as peças do vestuário, pedindo ajuda ao vento, que as leve para longe. O prazer deste envolvimento não permite qualquer protecção, a união dá-lhes energia suficiente para criarem novos rebentos. 

 

28
Dez22

Sentinelas do tempo ...

historiasabeirario

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No jardim do castelo quem nunca assentou os quadris nos bancos, sentinelas do tempo, da cor do sangue dos que roubam beijos, ou namoram sob a sombra das árvores. Lugares de prazeres proibidos, de leituras de pensamentos, a perscrutarem horizontes. Sentei-me, olhei o rio lá em baixo, de águas castanhas, aguerridas, revoltadas pela incoerência do homem, irrompem no leito adentro, galgando as margens como os exércitos há séculos atrás o conseguiram. Aponto o olhar Onde o sol nasce aureolado de açafrão, vejo os campos transformarem-se consoante as estações, as nuvens a passarem carregadas de tormenta, de histórias do passado. A do rei estrangeiro que sonhou navegar neste rio até abraçar o mar, um atalho para aproximar irmãos que nunca chegaram a sê-lo. Num passado mais longínquo outro rei assentou por aqui com o seu exército, rumando a uma batalha inesquecível, estava escrito que nunca seriamos iguais. O horizonte trouxe-me de volta, Onde estão as palavras gravadas na pedra, escritas pelo escritor que abriu os olhos pela primeira vez nesta terra. Aposto que se sentou num destes bancos, para sentir, como eu sinto, sentimentos desiguais têm todos os que se fixam nestes bancos voltados para lugares nenhuns. Os lugares somos nós que os criamos, o escritor ligou o seu olhar para além-Tejo, Onde está a terra, Onde se fez homem, quais sensações ou imagens, ondulações de um oceano sempre presente a lamberem o horizonte que esquadrinhava. Deixou-nos uma memória para perdurar na pedra, palavras de um namorado que nunca concretizou a união, mas deixou uma amizade para a vida.

06
Abr21

Não pressupunha tanta grandeza...

historiasabeirario

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Logo a entrada, tropeço, caio numa sombra fresca, ao mesmo tempo, colido num odor agradável, são flores de glicineas, muito activo neste início de primavera. Não fico por aqui, avanço, sou surpreendido, não pressupunha tanta grandeza. Duas ruas, direita e esquerda, explanam a perder de vista. Sem preferência para quem assim como eu está absorvido com a harmonia do local. A curiosidade desperta em mim, orientação, dirijo-me para sul, do meu lado direito a linha de casas na direcção do rio, é o limite urbano. O jardim, o pulmão do espaço que está para lá da linha. No esquerdo a imponente muralha, outrora defendeu abrantinos daqueles que se aproximavam pela força das armas. 

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Dois lagos construídos, dissipam um pouco o envolvimento verdejante. Num deles, patos com grande vontade de saber quem são aqueles que os observam. 

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Um coreto, presentemente apoiado pela musicalidade do chilrear dos pássaros, já foi palco de outras músicas, actuações de bandas. Estrutura que se encaixa nesta área, que chama a sua atenção pela beleza. 

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Um jardim enroupado pela primavera, mais leve no verão, e resguardado no outono e inverno por magníficos panoramas que se alcançam do sítio mais elevado de Abrantes. 

 

 

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